sábado, 2 de outubro de 2010

COMO AS CRIANÇAS - Mateus 18,1-5.10

Os discípulos preocupam-se com quem é o maior. Coisa típica da sociedade competitiva na busca da ascensão para junto dos poderosos. Suas consequências são o individualismo, o elitismo, a discriminação e a exclusão. Jesus toma uma criança como referência, talvez um pequeno servo ou escravo. Os discípulos estão tão impregnados da ideologia de poder que precisam se converter e se tornar como crianças. Não se trata de assumir o infantilismo no seu universo limitado. Mas trata-se da criança como frágil e excluída. Em vez da aspiração ao poder, os discípulos devem estar conscientes de sua condição de fragilidade que leva, com humildade, ao abandono nas mãos de Deus e à solidariedade com seus semelhantes. A advertência final liga-se à crença judaica, herdada do zoroastrismo, nos anjos do céu que servem a Deus. Um dos serviços é a proteção dos fiéis na terra. É, por exemplo, o caso de Tobias, protegido pelo anjo Rafael. O texto, próprio de Mateus, indica a proteção de Deus sobre os discípulos que se fazem pequenos e humildes.

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