Esta narrativa de Lucas faz parte do ciclo de narrativas de contestação da doutrina e da prática das sinagogas e dos fariseus. Em sinagogas, infringindo o sábado, em Lc 4,31-37 Jesus expulsa o demônio de um homem, em Lc 6,6-11 cura um homem da mão seca, em Lc 13,10-13 cura uma mulher encurvada, e, agora, na casa de um dos chefes dos fariseus, também no sábado, cura um hidrópico. Estas pessoas que Jesus encontra e cura representam os frequentadores das sinagogas e discípulos dos fariseus. São os possuídos e dominados pela ideologia da doutrina tradicional e institucional, paralisados e encurvados sob a sua opressão. Agora, o homem hidrópico, inchado de água, representa o orgulho destes chefes religiosos e seus discípulos que se julgam eleitos e santos e desprezam os demais. As curas realizadas por Jesus exprimem a novidade de sua prática. Ele vai contra as observâncias legais estritas e estreitas que não favorecem a vida. Para o Pai o que importa é o desabrochar da vida. A lei, bem como todos os processos econômicos e sociais, deve estar a serviço da dignidade e qualidade de vida para todos.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
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