domingo, 10 de julho de 2011

ÂNGELUS: Amor respeita sempre a liberdade, destaca Bento XVI


"Deus não força a crer n'Ele, mas nos atrai a Si com a verdade e a bondade do seu Filho encarnado: o amor, de fato, respeita sempre a liberdade", ressaltou o Papa Bento XVI antes de recitar a tradicional oração mariana do Angelus deste domingo, 10.

O Pontífice está em Castel Gandolfo, onde permanece até setembro, para seu período de férias e também de verão europeu.

Acerca do Evangelho deste Domingo (Mt 13,1-23) - a parábola do semeador -, o Santo Padre salientou que Jesus faz uma espécie de relato "autobiográfico" sobre sua experiência de pregador. "Ele identifica-se com o semeador, que espalha a boa semente da Palavra de Deus e observa os diferentes efeitos que obtém, seguidos do tipo de acolhimento reservado ao anúncio", destacou.

Bento XVI explica que Jesus utiliza parábolas com base na distinção entre os discípulos e a multidão. "Aos discípulos, isto é, àqueles que já estão decididos por Ele, Ele pode falar do Reino de Deus abertamente, ao passo que, aos outros, deve anunciá-lo em parábolas, para estimular, de fato, a decisão, a conversão do coração; as parábolas, de fato, por sua natureza, requerem um esforço de interpretação, interpelam a inteligência, mas também a liberdade".

Nesse sentido, a verdadeira "Parábola" de Deus é Jesus mesmo, "a sua Pessoa que, na forma da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade", sublinhou.

Por fim, o Bispo de Roma lembrou que a festa de São Bento, Abade e Patrono da Europa, é celebrada nesta segunda-feira, 10. "À luz desse Evangelho, olhamos a ele como mestre da escuta da Palavra de Deus, uma escuta profunda e perseverante. Devemos sempre aprender com o grande Patriarca do monaquismo ocidental a dar a Deus o lugar que é Seu de direito, o primeiro lugar, oferecendo a Ele, com a oração da manhã e da noite, as atividades diárias".

O ENCONTRO

Após a oração do Angelus, o Papa lembrou a recorrência do "Domingo do Mar", isto é, a Jornada do Apostolado no ambiente marítimo.

"Dirijo um particular pensamento aos Capelães e voluntários que se dedicam ao cuidado pastoral dos marítimos, pescadores e suas famílias. Asseguro a minha oração também para os marítimos que, infelizmente, encontram-se sequestrados por atos de pirataria. Desejo que sejam tratados com respeito e humanidade, e rezo pelos seus familiares, a fim de que sejam fortes na fé e não percam a esperança de reencontrar-se com seus queridos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário