terça-feira, 19 de julho de 2011

O AMOR QUE SE ABRE, SE FAZ SOLIDÁRIO - Mateus 12,46-50

Após quatro narrativas de conflito com os escribas e os fariseus, Mateus narra este episódio em que introduz a família de Jesus. O clima é o de um conflito potencial face às exigências de mudanças, conforme a boa nova de Jesus. Esta narrativa é didática, visando à conversão. A família é a célula básica na composição do tecido social. Uma família conservadora é reprodutora da tradicional sociedade opressora e excludente. Há grande interesse dos poderosos em manter as tradições que lhes permitem gozar de seus privilégios. Agora, Jesus propõe a substituição de um conceito hermético de família para um conceito aberto e solidário, conforme a vontade do Pai. Substitui os laços formais familiares pelos laços do amor compassivo e comunicativo que vai muito além dos limites da família. É o amor que se liberta da servidão aos interesses do mercado, na ambição do ter e do enriquecer. É o amor que se abre e se faz solidário com os oprimidos e com os mais carentes. A semente lançada por Jesus supõe um processo de amadurecimento e crescimento. É com este processo que estamos comprometidos, por nossa fé, dedicando-nos à construção do mundo novo possível.

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