Cafarnaum |
Após censurar "esta geração", referindo-se aos chefes do judaísmo, Jesus passa a censurar algumas cidades. Na menção a "cidades" temos uma alusão aos centros de poder, que na sua auto-suficiência não se sensibilizam com os milagres de Jesus. O Reino que é rejeitado pelos que estão instalados no poder religioso ou econômico, é acolhido pelos pobres e humildes. Esta censura a Corazim, Betsaida e Cafarnaum é, nos evangelhos, um caso único de censura a cidades. Depois, no fim do ministério de Jesus, será feita também a censura a Jerusalém (cf. Mt 23,37-38; Lc 13,34-35) identificada como "cidade que mata os profetas". As cidades, locais de comércio e ambiente de riqueza, fecham-se à novidade do Reino. Por rejeitarem os milagres feitos por Jesus, Genezaré e Betsaida terão condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia, execradas por Isaías (Is 23,1-18). E Cafarnaúm será julgada com maior rigor do que Sodoma, protótipo bíblico de cidade da corrupção. Tais comparações indicam a melhor acolhida de Jesus pelos gentios do que pelos judeus.
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