Amanhã fará dois meses da greve dos professores do Estado do Rio Grande do Norte sem chegar a nenhuma solução. E os maiores prejudicados são os nosso alunos, de modo muito particular os que neste ano de 2011 pretendem fazer vestibular ou ENEM.
Não é a toa que o nosso Estado é um dos piores nos indices educacionais. E os eleitos pelo povo, que cada vez mais aumentam seus gastos pessoais e salariais, não olham para os salários dos nossos heróis: os professores.
Não é possível pensar em qualquer que seja a profissão sem a figura do professor. E de tantos profissionais nenhum trabalha tanto como estes. Médicos, Técnicos de Enfermagem, Pedreiros, etc. trabalham sua carga horária e vão para suas casas para o repouso merecido. Os professores, depois de cumprirem sua carga horária vão para seus lares para trabalharem mais (fazendo plano de aulas, corrigindo trabalhos, preenchendo cadernetas). Ainda, o mercado de trabalho exige cada vez mais desses profissionais que passam anos e anos nas cadeiras acadêmicas. Não basta mais serem formados; precisam de uma especialização, mestrado, doutorado. E depois de tanto investimento ganham miséria e são achicalhados em sua dignidade.
Muitos dos nossos estados e municípios se negam a pagar o que é de direito para esses profissionais que constroem as mentes pensantes desse país. A crise tão falada pelos gestores não pode ser mais udada como discussinho besta, tendo em vista o grande aumento que tem sido dado pelo Governo Federal nos repasses ao longo de 2011. Esbarram numa lei de responsabilidade fiscal e limite prudencial que só serve para impedir que o nosso povo viva bem. Mas não exite limites para aumentos salariais deles próprios.
Ao olhar as nossas universidades públicas e seus alunos, percebemos o grande nível de exclusão que existe no nosso sistema educacional. A grande maioria dos alunos que fazem parte destas instituíções veem de escolas particulares e os nossos filhos que passaram a vida inteira nas escolas públicas tem que ir para uma universidade particular, isso se forem aceitos nos projetos de inclusão do governo. Se cruzam no vestibular e invertem os papéis.
A Igreja tem tratado esse assunto com muita seriedade e o tema já foi bastante discutido em Campanhas da Fraternidade e documentos socias. Mudar essa realidade é urgênte e passa obrigatóriamente por todos nós. Se os gestores não tomam a iniciativa da mudança, o povo o fará pelo voto.
Acorda meu Rio Greve do Norte. Sejamos Grandes no nome e nas atitudes.
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