Explicando a parábola do administrador que usa as riquezas de seu senhor para fazer amigos, Jesus caracteriza o "dinheiro" (em grego/aramáico: mamônas; riquezas, bens acumulados) como sendo fruto da injustiça. Já nos primeiros séculos da era cristã, os Padres da Igreja denunciavam de maneira contundente que toda acumulação de riqueza era injusta, obtida de maneira iníqua. Jesus coloca a todos diante de uma opção radical: "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro...". Ou opta-se pela idolatria do dinheiro, na sociedade de Mercado Global, que gera a morte pela fome e pela guerra, ou opta-se pelo serviço e a partilha, que geram a vida. Lucas destaca que os fariseus eram "amigos do dinheiro" e, por isso zombavam de Jesus. As elites ricas da sociedade também zombam, condenam e perseguem aqueles que lutam pela partilha dos bens e da terra.
José Raimundo Oliva
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