Ao fazer-se a memória das pessoas falecidas, familiares e amigos queridos, pode-se ter a percepção da permanência destas pessoas na vida eterna, em comunhão com Deus. O evangelho de João é o que mais explicita o dom da vida eterna, já, neste mundo, permanecendo-se na eternidade finda a caminhada terrena. No episódio da ressurreição de Lázaro, Jesus, dirigindo-se a Marta, declara: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. E quem vive e crê em mim não morrerá jamais". Na última ceia, Jesus afirma: "Se alguém me ama guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada". E na primeira carta de João lemos: "Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele". Assim também, no texto de hoje, na longa fala após a partilha do pão na montanha, Jesus declara que quem vê o Filho e nele crê tem a vida eterna. Assim, terminados os dias terrenos, no último dia alcança-se a ressurreição, que é a permanência viva diante de Deus, na eternidade. Pela fé em Jesus, fazendo a vontade do Pai, vivendo o amor e o serviço em comunhão de vida com os irmãos, promovendo a vida, a vida eterna é semeada, germina, e desabrocha no coração.
José Raimundo Oliva
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