Lucas adapta a parábola dos talentos, já utilizada por Mateus, acrescentando, de maneira forçada,a narrativa do homem nobre que foi nomeado rei e depois mandou matar seus inimigos. A parábola, a partir de um dito de Jesus, parece já ter sofrido acréscimos nas primeiras comunidades cristãs. Ela é o retrato de uma sociedade onde predomina a ambição do dinheiro e a crueldade. Com certo constrangimento, ela pode ter o sentido, sob uma expectativa escatológica, de estimular os discípulos fazerem frutificar seus dons, a serviço da comunidade. Ela expressa, também, a rejeição dos chefes religiosos do judaísmo a Jesus.
José Raimundo Oliva
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