sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DEBATE SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEVE CENTRAR-SE NOS POBRES

Afirma o arcebispo de Westminster, Dom Vicent Nichols

LONDRES, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de Westminster, Dom Vicent Nichols, afirmou que no centro do debate sobre a mudança climática deve estar a ajuda às pessoas mais pobres.

O arcebispo Nichols se manifestou nesse sábado no serviço ecumênico Time to Pray. O serviço, que incluiu intervenções de vários líderes cristãos, foi planejado em colaboração com The Wave, uma manifestação no centro de Londres cujo objetivo era chamar a atenção sobre os temas da mudança climática, com vistas à cúpula de Copenhague.

Representantes de 190 países encontram-se em Copenhague, Dinamarca, para uma conferência de duas semanas com o fim de buscar um pacto global sobre a mudança climática.

O arcebispo Nichols discutiu o tema expressando preocupação por “todos aqueles cujas vidas se veem diretamente afetadas pela mudança climática, os mais pobres do mundo e os mais desfavorecidos”.

“Esta é uma importante perspectiva que não devemos perder em meio de todas as demais preocupações expressadas nas recentes semanas”, afirmou.

“Sabemos que os temas da pobreza e do desenvolvimento mundial não podem ser separados das preocupações pelo meio ambiente –disse o prelado. Estão intimamente ligados”.

Há “muito mais que fazer antes de que conquistemos relações acertadas e sustentáveis entre os povos da terra e com o meio ambiente do mundo criado”, reconheceu.

“Sentimos em nosso interior perguntas incessantes, frequentemente provocadas pela cultura de nossa sociedade consumista”, sublinhou.

E acrescentou: “mas devemos examinar o modo em que vivemos e considerar de novo aqueles cujo futuro é ameaçado pelos efeitos de nossos próprios estilos de vida”.

“Só quando estivermos claramente dispostos a mudar o modo em que vivemos, os políticos serão capazes de alcançar a mudança que decidimos que queremos ver”.

“Amar a Deus é, entre outras coisas, dar graças pelos dons da criação e reconhecer que estes estão destinados a todos”, afirmou o arcebispo Nichols.

Entre estes dons, disse, está a tecnologia. “O avanço tecnológico é uma parte crucial do caminho para encontrar soluções para os problemas causados pela mudança climática”.

A tecnologia “não é moralmente neutra”, sublinhou o prelado. “Seu próprio uso deve ser guiado sempre por seu efeito sobre o bem comum”.

O arcebispo desejou que “o gênio de nossas melhores mentes sirva às necessidades de todos, e às necessidades de nosso meio ambiente”.

“No centro de nosso mundo se lança a pessoa humana –afirmou–, cada uma feita à imagem e semelhança de Deus e que merece, por esta razão, respeito, liberdade e cooperação”.

O arcebispo Nichols concluiu: “esta é a esperança que nos inspira; a fé que nos sustenta. Nossa união com Cristo em oração é nossa fonte de energia, de uma nova vida em nosso esforço como discípulos seus”.

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