quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

UNIÃO CATÓLICA DE IMPRENSA EXORTA MÍDIA A SERVIR À HUMANIDADE

Destacando o papel do jornalista para uma economia justa

GENEBRA, quarta-feira, 23 dezembro de 2009 (ZENIT.org).- A União Católica Internacional de Imprensa destaca o papel da mídia na construção da justiça econômica, exortando os jornalistas a servir à humanidade e à criação, colocando-as acima de seus interesses pessoais.

Em um documento intitulado "Mídia pela Justiça Social e Econômica ", publicado nesta semana, a organização destaca “a importância e o papel do jornalismo na busca de soluções duradouras para os problemas que todos nós enfrentamos no mundo."

“A justiça social e econômica representa a base de um mundo próspero e pacífico”, diz o texto, enfatizando ainda a “responsabilidade especial” dos jornalistas e dos especialistas da mídia em “assegurar que a justiça social e econômica prevaleça em nível mundial, a fim de eliminar todos os conflitos, guerras e desastres do gênero”.

Sob essa ótica, a União de Imprensa Católica observou que o documento, adotado na assembléia geral de 31 de outubro passado, pretende inspirar “os jornalistas e especialistas da mídia, para que possam contribuir para estabelecer níveis exemplares de justiça e de paz em todo o mundo”, “levando essa discussão aos fóruns mundiais e ao âmbito das tomadas de decisão e policy-making”.

O texto foi elaborado por uma equipe de escritores, jornalistas, docentes e especialistas do mundo todo. O documento destaca “a história nobre do jornalismo”, observando que, “no passado, em momentos de crise, os jornalistas foram capazes de falar e de mostrar o caminho às pessoas”, e que no mundo há ainda muito a ser feito com respeito a questões como “o consumismo, a padronização, a destruição do meio-ambiente, a precarização do emprego, e a contínua situação de dependência dos pobres em relação aos ricos”.

A União Católica de Imprensa manifestou sua expectativa de que o documento seja útil a todos os profissionais de jornalismo, mídia e comunicação em seu “nobre exercício” de explorar estas questões, tornando-as uma prioridade na agenda mundial.

Bem-Estar Global

Segundo a União Catolica Internacional de Imprensa, "Os especialistas dos meios de comunicação e os jornalistas têm, provavelmente, o mais importante papel a desempenhar em relação às questões sociais e econômicas. O jornalismo é a profissão em que o pensamento crítico e a análise minuciosa visando o bem comum devem preceder cada palavra e cada ação".

"Nesse sentido", afirma o documento, "ninguém pode exercer a profissão de jornalista se discrimina ou desvaloriza alguém em nome de um orgulho nacionalista, étnico ou religioso”. “Um Jornalista deve estar a serviço da humanidade e da natureza, e não de interesse de poucos”.

“Os meios de comunicação podem trazer à luz, a cada dia e a cada minuto, aquelas políticas e ações contrárias ao bem comum, denunciando suas conseqüências devastadoras”, acrescentando ainda que “se estes não forem capazes de fazê-lo, ninguém mais poderia expor estas injustiças”.

A associação também destacou a necessidade de se “criar meios de comunicação supra-nacionais, supra-culturais”, que possam verdadeiramente levar em consideração diversos pontos de vista e experiências de vida.

“Todos os jornalistas, editores e especialistas, independentemente de suas condições de trabalho ou de salário, devem considerar esta como sua missão suprema: servir à humanidade com um todo”, e concluiu: “provavelmente o único modo de progredir seja pelo estabelecimento gradual da justiça social e econômica”.

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