quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CONVERSÃO À JUSTIÇA - Lucas 7,19-23

A figura de João Batista merece um grande destaque nos Evangelhos. É a partir do encontro com ele que Jesus inicia seu ministério, e várias vezes Jesus o exalta. João é mencionado oitenta e oito vezes nos Evangelhos, sendo superado por pouco por Pedro. Ele foi líder de um forte e consistente movimento profético ao qual o próprio Jesus aderiu, assumindo-o com particularidades pessoais características da sua própria natureza divina e comunicadora da vida eterna. João Batista não pretendia criar um discipulado em torno de si. A conversão à prática da justiça, assumida no ato simbólico de seu batismo, era para ser vivida por cada um em seus ambientes e suas condições particulares de vida. Porém, como costuma acontecer, um projeto de vida passa a ser uma regra ou estatuto comunitário para grupos. O Evangelho de hoje revela que o próprio João, na prisão, procurava orientar seus discípulos para Jesus. Porém, após a morte de João, grupos de seus discípulos permaneceram desvinculados do movimento de Jesus, chegando até a questioná-lo.

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