“Católicos e luteranos são chamados a continuar refletindo sobre o ponto, aonde os têm conduzido, o caminho em direção à unidade, e a implorar a condução e a ajuda do Senhor para o futuro". Foi o que disse o Papa Bento XVI nesta quinta-feira, 16, no Vaticano, ao receber o presidente da Federação Luterana Mundial, o Bispo Munib Younan, acompanhado pelo Secretário Geral, Reverendo Martin Junge.
O Santo Padre salientou que o ecumenismo proporciona aos católicos e aos luteranos novas oportunidades de testemunhar o Evangelho. “Com a ajuda de Deus, foi possível, lentamente e pacientemente, remover as barreiras e promover laços visíveis de unidade, por meio do diálogo teológico e da cooperação prática, especialmente em nível das comunidades locais", disse o Papa.
Aos “amigos luteranos”, Bento XVI recordou a esperança expressa no início do pontificado, quando esperava que “os contatos mais íntimos e um diálogo intenso” continuariam a enriquecer as relações ecumênicas entre católicos e luteranos. E com gratitude, destacou que hoje se olha então “muitos frutos significativos, produtos das dezenas de discursos bilaterais”.
Recordando a “Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação”, que no ano passado celebrou seu décimo aniversário, Bento XVI considerou um significativo passo no difícil caminho para o restabelecimento da plena unidade entre os cristãos, assim como estímulo para um amplo debate ecumênico.
“Espero que as atividades ecumênicas ofereçam novas oportunidades, para os católicos e luteranos, de crescer junto na vida, no testemunho do Evangelho e no esforço de levar a luz de Cristo a todos os níveis da sociedade”, acrescentou o Pontífice.
Em particular, Bento XVI enfatizou a Comissão Internacional Católica-Luterana sob a Unidade, que está trabalhando num texto conjunto no qual “documentará aquilo que os luteranos e os católicos são capazes de dizer juntos neste ponto, olhando para uma maior aproximidade depois de 50 anos de separação”. O tema estudado é o “Batismo e a comunhão eclesial crescente”.
Por fim, desejando a todos os presentes um Natal de paz e alegria, o Papa confiou a busca da unidade dos cristãos ao Senhor, “verdadeira novidade que supera todos os nossos aspectos humanos”.
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