Adriano trocou o Flamengo pela Roma, no meio do ano, para “mostrar maturidade e ganhar títulos”. Após cinco meses de clube, ao qual chegou bem acima do peso, ele pouco jogou, se diz cansado com a reserva e quer sair. Corinthians, Palmeiras e Flamengo lutam para tê-lo em 2011. Não deixará a capital italiana de mãos vazias, contudo. Nesta segunda-feira, o Imperador foi agraciado com seu primeiro prêmio na nova casa: o troféu Bidone d’Oro (lixeira de ouro), promovido pelo programa Catersport, da Rádio 2, da Rai, que elege o pior jogador da temporada italiana.
Numa eleição de 4.064 ouvintes da rádio, via internet, o atacante brasileiro quase dobrou os votos em cima do segundo colocado, o compatriota naturalizado italiano Amauri, da Juventus, para erguer a taça - que ninguém gostaria de ganhar - pela terceira vez. O campeão de 2006 e 2007, quando defendia a Internazionale, recebeu 22,42% dos votos dos torcedores, indignados com sua volta ao país. Amauri, com 12,76%, ficou com o vice e Ronaldinho Gaúcho, do Milan, levou o bronze, com 10,11%
Parece perseguição a brasileiros, mas alguns ídolos dos italianos e tetracampeões em 2006 também foram lembrados. O zagueiro Fabio Cannavaro, eleito o melhor jogador do mundo na quarta conquista da “Azurra”, levou 9,91% dos votos, um pouco acima de Marco Materazzi, vítima da cabeçada de Zidane na final da Copa do Mundo da Alemanha, com 9,34%.
Adriano pode ficar aborrecido com a brincadeira, uma sátira do Bola do Ouro, dada aos melhores da temporada, mas tem bons motivos para levar o amargo título. Ele chegou a Roma bem acima do peso e, durante os cinco meses no novo lar, não presenteou os torcedores com seus gols. Além de ter faltado a um treino, ele amargou a reserva, atuou por apenas 142 minutos (três jogos) e virou persona non grata para o técnico Claudio Ranieri, com o qual chegou a bater boca.
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