domingo, 16 de outubro de 2011

ACREDITANDO EM DIAS MELHORES

A expansão da ciência moderna no século XVII causou grande impacto sobre toda a sociedade mundial, a ponto de Francis Bacon apontar para a responsabilidade da ciência para com a humanidade, em razão do poder que aquela exercia sobre esta. A associação do método experimental e das matemáticas, característica da ciência moderna, aumentou a possibilidade de serem aplicados conhecimentos científicos para solucionar inúmeros problemas práticos de extrema importância para as pessoas. As novas fronteiras culturais e os rumos da economia mundial têm sido, em boa parte, estabelecidos pela evolução da ciência, visto não mais a ser possível pensar em desenvolvimento e bem-estar da sociedade sem relacioná-los aos avanços da ciência.

A presença da ciência brasileira na bibliografia internacional ganhou relevância a partir da década de 1970, após a criação dos cursos de pós-graduação. Graças ao extraordinário avanço da pesquisa científica brasileira no final do século XX, os cientistas das áreas mais qualificadas podem, hoje, dar importante suporte às demandas das empresas do país.

Neste início do século XXI, a ciência avança e está presente em todas as casas, embora de forma desigual. A criação e utilização de espaços e recursos para a divulgação científica contribuem muito para reduzir as diferenças e promover as novas descobertas da ciência e tecnologia.

De acordo com os cientistas, a saúde será uma das áreas de maior desenvolvimento num futuro bem próximo. No entanto, para a opinião pública mundial, está cada vez mais difícil avaliar ou julgar alguns resultados das sofisticadas pesquisas científicas - sobretudo as da engenharia genética -, que suscitam questões de natureza ética, religiosa, bem como envolvem riscos ambientais, como a questão nuclear.

Há, pois, necessidade de controle democrático e ético da ciência por parte da comunidade internacional, aliado à informação e divulgação dos resultados científicos das pesquisas, sejam estes benéficos ou maléficos para os cidadãos comuns ou para o planeta.


A partir da última década do século XX, os avanços tecnológicos ocorreram de modo acelerado, tornando mais próximos o real e o virtual, ou seja, as realidades - interna e externa - começaram a perder os limites que as diferenciavam, como acontece nos processos psicóticos.

Contudo, os avanços constantes da tecnologia, que vêm prolongando a vida, aumentando as velocidades, encurtando as distâncias, e a rapidez das comunicações e outros aperfeiçoamentos voltados ao conforto material não contribuíram para solucionar os problema mais sérios da humanidade, como guerras, criminalidade e tráfico de drogas. Ao contrário, esses problemas, que existem há milênios, se aprimoram e nos levam a questionar sobre esse progresso e suas conseqüências.

O valor das descobertas é inquestionável, mas estas envolvem graves dilemas, como o da clonagem, visto que, se for estendida à espécie humana, colocará em risco dois grandes valores: a dignidade do ser humano e a da família.

A clonagem dos animais ou dos seres humanos, o progresso da biotecnologia ou de outras áreas da ciência refletem a busca do ser humano pela perfeição. No entanto, todo esse progresso, ao lado dos benefícios, está provocando guerras, violências, mortes, vícios, degradação do planeta, num ritmo que poderá destruir a humanidade. É chegado, pois, o momento de avaliarmos os avanços tecnológicos sob a luz dos valores éticos e morais, para que todos possam usufruir dos resultados benéficos da tecnologia.

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