Romeiros da Mãe de Jesus, é chegada a nossa hora! É chegado o Kairós, experimentado em plenitude no Santuário das Graças em Florânia e de modo muito particular por ocasião da 64ª Festa de Nossa Senhora das Graças que celebraremos de 15 a 27 de novembro.
O tema central da festa deste ano nos convida a saírmos do isolamento, da individualidade, para com Nossa Senhora das Graças assumirmos o nosso posto de família missionária, consagrados para a missão.
Da anunciação a sua coroação no céu vamos manter os olhos fixos na Estrela, como bem nos pediu São Bernardo Claraval, para que esse doce nome nunca se aparte de nossa boca, de nosso coração… mas para participarmos da graça que ele contém, não nos esqueçamos dos exemplos que ele recorda.Seguindo a Maria, não nos desviaremos; rezando a Maria, temeremos o desespero; pensando em Maria, não erraremos; se ela nos segurar pela mão, não cairemos; se ela nos proteger, nada temeremos; se ela nos guiar, não nos cansaremos; e se ela nos for favorável, conseguiremos, e entenderemos por experiência própria porque está escrito: "e o nome da virgem era Maria "(Lc 1,27).
Na anunciação os gêneros literários são própios dos anuncios,mas também de nascimento e missão e ainda há quem diga de vocação. E Deus chama Maria, que situada entre duas alianças, é a que espera e com seu fiat, é a que vê realizada sua esperança. Por isso nossas camisetas traz a cor verde, porque como Maria somos convidados a sermos sinais de esperança.
Se o ventre da mulher tem forte ligação com a benção, somos triplamente abençados: por que um dia fomos gerados no ventre de nossa mãe, gerados espiritualmemte no ventre da mãe de Jesus e gerados no ventre da mãe Igreja. E João Batista sentiu essa força por ocasião da Visitação de Maria a sua parenta Izabel, que ao ouvir a voz da Mãe de Deus, extremesse de alegria na barrida de sua mãe, extreando sua missão de precussor do Messias.
Iniciei esta mensagem me referindo a Nossa Senhora das Graças como Mãe de Jesus fazendo referência as Bodas de Caná e ao Calvário onde, Nossa Senhora, não é chamada pelo nome "Maria" mas por "Mãe de Jesus". Se em Caná o tempo de Jesus ainda não havia chegado, ao pé da cruz esse momento se dá pela tríplice ligação: paixão-morte-ressurreição. E a partir daquela hora, o discípulo a acolheu entre as suas coisas próprias (cf. Jo 19,26-27). O termos grego "Eis tá ídia", apresentado pelo evangelista João na citação bíblica anterior, nos convidam a acolhermos, também nós, nos dias atuais, Nossa Senhora das Graças como nossa Mãe e a ela nos consagramos como "coisa e propriedade" na certeza que nos colocará sempre no caminho certo.
E que ao final desta festa, nos sintamos motivados pelo exemplo de Nossa Senhora das Graças a assumirmos a nossa missão como discípulos-missionários na certeza que vivemos uma mudança de época e não uma época de mudanças (DA) e que nossa presença se faz urgênte e necessário.
Uma boa festa para todos.
Pe. Carlos Eduardo de Lira
Pároco
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