"De fato, nosso povo conserva uma religiosidade básica, já diminuída ou simplesmente desaparecida em países do Primeiro Mundo. Encontramos em alguns um catolicismo superficial, limitado a práticas religiosas de cunho emocional, voltado para a obtenção de favores, ou ainda fechado em si mesmo, sem se importar com o próximo. Naturalmente a situação socioeconômica de muitos brasileiros, a insuficiência do sistema de saúde, a crescente violência explicam de certo modo esta religiosidade. Mas sabemos também que os católicos não praticantes podem ser presas fáceis para outras confissões religiosas, ou mesmo para a descrença. Poderíamos ainda indicar outras lacunas, muito nossas, a serem sanadas pela nova evangelização como a dimensão mística ou experiencial da fé, o imperativo missionário inerente à vocação cristã, a ausência de uma vivência realmente comunitária na Igreja, certa apatia com relação ao compromisso por uma melhor sociedade."
Quando a dor, o desemprego e tantos outros males batem a nossa porta, fica mais dificíl usar a razão e queremos naturalmente ir pelo caminho que parece mais próximo. E nos perdemos. Escuto todos os dias promessas de curas e milagres sem esforço, muitos até dizem que tem um preço. Somos dependentes de um SUS que luta para sobreviver, e que existe as custas de roubos e fraudes, deixando o povo nas mãos unicamente de Deus. Escutamos desaforos de que a violência só será reduzida as custas de uma educação de qualidade, quando sabemos que o sistema capitalista cria suas estruturas para barrar o acesso a escola e seleciona poucos para suas universidades. Mesmo sabendo que não é interesse do Estado o analfabetismo, pois este não gera lucros ao sistema. Por esses e tantos outros motivos é urgênte um novo ardor missionário, uma nova evangelização.
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