Ser ou não ser do mundo. O mundo, onde vida e morte se confrontam, é o lugar da manifestação de Jesus. O evangelho de João dá acentuado relevo à revelação pelos fortes contrastes empregados. No Prólogo vemos a contraposição: "a luz brilha nas trevas e as trevas não a apreenderam". Agora, ao amor contrapõe-se o ódio. Em seguida ao "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", Jesus refere-se ao ódio do mundo. O mundo está sob o domínio do "seu príncipe" (Jo 16,11). O "príncipe" do mundo é a expressão das estruturas injustas, montadas e mantidas pelos poderosos, que acumulam riquezas à custas da exploração dos pequeninos, humilhados, oprimidos e excluídos. Ser do mundo é inserir-se nestas estruturas que garantem os privilégios e as riquezas de uma minoria e o relativo bem estar dos que a ela se submetem. Estes julgam estar salvando suas vidas. Não ser do mundo é libertar-se deste sistema opressor e desumano que gera miséria e morte. É perder sua vida, para encontrá-la na adesão ao projeto de Jesus. As comunidades de discípulos de Jesus, presentes no mundo, testemunham o amor libertador e, esclarecidas pelo próprio Jesus, são conscientizadas sobre as adversidades a serem enfrentadas.
sábado, 28 de maio de 2011
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