O Papa Bento XVI aproveitou a Catequese desta quarta-feira, 28, para fazer um resumo das "intensas e estupendas jornadas transcorridas" durante a Visita Pastoral à Alemanha, realizada entre quinta-feira, 22, e domingo, 25.
"Esses momentos foram um precioso presente que nos fizeram perceber novamente como é Deus quem dá à nossa vida o sentido mais profundo, a verdadeira plenitude, antes, que somente Ele dá a nós, dá a todos um futuro", destacou.
O Pontífice disse que a visita, com o tema "Onde há Deus, há futuro", foi uma grande festa de fé e oportunidade para se encontrar com as pessoas e falar de Deus, de rezar juntos e confirmar os irmãos e as irmãs na fé.
"Esta Viagem Apostólica à Alemanha ofereceu-me uma ocasião propícia para encontrar os fiéis da minha pátria alemã, para confirmá-los na fé, na esperança e no amor, e compartilhar com eles a alegria de serem católicos. Mas a minha mensagem era destinada a todo o povo alemão, para convidas a todos a olhar o futuro com confiança. É verdade, 'Onde há Deus, há futuro'. Agradeço, mais uma vez, a todos aqueles que tornaram possível esta Visita e a quantos me acompanharam com a oração. O Senhor abençoe o Povo de Deus na Alemanha e abençoe a todos vós".
Bento XVI recordou todas as etapas de seu percurso em território germânico, destacando o ineditismo da ocasião em que pôde falar aos membros do Bundestag (Parlamento Federal) - "quis expor o fundamento do direito e do livre Estado de direito, isto é, a medida de todo o direito, inscrito pelo Criador no ser mesmo da sua criação" - e das oportunidades de encontro com judeus - "recordando as nossas comuns raízes na fé no Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, evidenciamos os frutos obtidos até agora no diálogo entre a Igreja Católica e o Judaísmo na Alemanha" -, muçulmanos - "concordando com eles acerca da importância da liberdade religiosa para um desenvolvimento pacífico da humanidade" - , bem como, especialmente, com luteranos e católicos.
"Vimos novamente o quanto seja importante o nosso comum testemunho da fé em Jesus Cristo no mundo de hoje, que frequentemente ignora a Deus ou não se interessa por Ele. É necessário o nosso esforço comum no caminho rumo a uma plena unidade, mas sempre somos bem conscientes de que não podemos 'fazer' seja a fé, seja a unidade tão desejada. Uma fé criada por nós mesmos não tem nenhum valor, e a verdadeira unidade é, mais do que tudo, um dom do Senhor, o qual rezou e reza sempre pela unidade dos seus discípulos. Somente Cristo pode dar-nos essa unidade, e seremos sempre mais unidos na medida em que voltarmos a Ele e nos deixamos transformar por Ele", disse, sobre o encontro com os membros do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha e o ato ecumênico no ex-Convento dos Agostinianos.
Além de abordar todos os outros compromissos, o Papa falou especialmente sobre sua alegria com a Vigília de oração com milhares de jovens, em Friburgo. "Fiquei feliz ao ver que a fé na minha pátria alemã tem um rosto jovem, que é viva e tem um futuro. No sugestivo rito da luz, transmiti aos jovens a chama do círio pascal [...]. Repeti a eles que o Papa confia na colaboração ativa dos jovens: com a graça de Cristo, são capazes de levar ao mundo o fogo do amor de Deus".
A AUDIÊNCIA
O encontro do Santo Padre com cerca de 20 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 5h30 no horário de Brasília). Como o Papa continua em período de descanso em Castel Gandolfo, que fica a 30 quilômetros de Roma, o trajeto entre as duas cidades foi feito de helicóptero e, ao término da Catequese, o Pontífice retornou para a cidade do interior da Itália.
NA SAUDAÇÃO AOS FIÉIS DE LINGUA PORTUGUESA, O PAPA SALIENTOU:
"Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os fiéis de Piracicaba e Belo Horizonte, de Bauru e Apucarana: convido-vos a olhar com confiança o vosso futuro em Deus. Com a graça de Cristo, sois capazes de levar ao mundo o fogo do amor de Deus. Sobre vós e vossas famílias desça a minha Bênção".
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