"Os professores que participam da comissão que elabora o edital aderiram à paralisação, portanto, dependemos do retorno das atividades da UERN para organizar o cronograma do PSV 2012. Segundo nossos cálculos, se o impasse for resolvido nos próximos dias, tudo estará pronto em março do ano que vem", disse Egberto. O próximo vestibular da universidade deve oferecer cerca de 2.800 vagas para mais de 70 tipos de graduações e modalidades.
Na opinião do coordenador, o deslocamento das datas pode ser considerado prejudicial aos candidatos uma vez que aumenta a distância entre o processo seletivo realizado na UERN e os vestibulares das demais instituições de ensino. "Certamente o atraso não será benéfico para o estudante, que terá alargada o intervalo entre o final dos estudos e a realização dos exames, que será em março. No entanto, foi essa a solução encontrada pela comissão", afirmou.
Além de adiar a realização do vestibular 2012, a greve na UERN também trouxe conseqüências aos estudantes que já garantiram uma vaga na instituição. No último mês de julho a reitoria da universidade publicou um Ad Referendum no qual suspendeu todas as atividades acadêmicas previstas no Calendário Universitário 2011. A medida interrompeu, entre outras coisas, o início do segundo semestre letivo de 2011, que estava previsto o início de agosto, as matrículas dos alunos veteranos e as aulas do segundo semestre de 2011.
Greve
Com mais de 100 dias de duração, a greve da UERN pode chegar a um desfecho positivo na próxima semana. A afirmação é do presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Flaubert Torquato. De acordo com o professor, a categoria espera que a situação seja resolvida em uma audiência de conciliação com o Governo, a ser marcada pela Justiça.
"Solicitamos à Justiça a realização de uma audiência conciliatória. O acordo depende apenas da resolução acerca do pagamento do reajuste de 23,98%, já assegurado pela governadora Rosalba Ciarlini".
A categoria reivindicava o repasse integral do reajuste, entretanto, a proposta do executivo apresentava o escalonamento do valor entre 2012 e 2014. De acordo o com Flaubert, os docentes concordam com o pagamento escalonado, entretanto, exigem que a variação da inflação do período deve ser incorporada ao valor do reajuste.
Tribuna do Norte
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