No primeiro domongo de fevereiro, subimos o Monte das Graças em Florânia para estar na Casa da Mãe, Nossa Senhora das Graças. E as 7h30min participamos da Celebração da Santa Missa. Sentados em torno da Mesa da Palavra e da Eucaristia fortalecemos os laços que nos fazem família de Deus. Após a narrativa do anúncio das bem-aventuranças por Jesus, Mateus reúne uma grande coleção de sentenças de estilo sapiencial, associadas a Jesus. Ele reuniu, de modo didático, para doutrinação, ditos e sentenças esparsas, originários de palavras de Jesus, que circulavam livremente como tradição entre os cristãos. Vários destes ditos e sentenças aparecem dispersos ao longo dos outros evangelhos sinóticos, Marcos e Lucas. O conjunto forma o que se costuma denominar "o Sermão da Montanha". Mateus redige sua obra em um momento em que o judaísmo, após a destruição do Templo de Jerusalém no ano 70, busca sua identidade na estrita e rigorosa observância da Lei. Sob esta decisão de estrita observância, os fariseus expulsaram das sinagogas os judeus convertidos ao cristianismo que, embota ameaçados, perseveraram em sua fé cristã. Com a coletânea de sentenças do Sermão da Montanha, Mateus procura identificar, para suas comunidades oriundas do judaísmo, as características do Reino dos Céus, diferenciando-as dos estreitos critérios de identidade exigidos pelos fariseus.
Daí vem a freqüente repetição da expressão: "...foi dito aos antigos... Eu porém vos digo...", ao longo do Sermão. O texto de Mateus adquire o caráter de um discurso programático interpretando o projeto de Jesus, apresentando-o como aquele que responde às autênticas esperanças suscitadas pela fé fundada no Primeiro Testamento. No texto de hoje, de início, temos as duas sentenças proclamatórias que identificam o compromisso dos discípulos: "Vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo...". Sal e luz, duas realidades perenes do dia a dia, adotadas por metáfora, também pelos profetas. Porém, na Bíblia, esta é a única passagem em que o sal é usado em uma metáfora aplicada a pessoas. Ao sal associa-se a propriedade de preservação da corrupção que proporciona a durabilidade. É antiga a prática de salgar alimentos para garantir sua durabilidade. Assim o faziam, certamente, os pescadores da Galiléia. Além do mais, é o sal que dá o sabor aos alimentos, proporcionando mais prazer no seu consumo. A "aliança no sal" é também uma expressão que indica a fidelidade a um compromisso.
É partilhar com outrem, pouco a pouco, o sal do alimento de cada dia, ao longo de longos dias. Os discípulos são chamados ao compromisso da fidelidade ao projeto de Deus, pelo que a alegria brota nos corações. A luz é o admirável fenômeno físico que nos revela a natureza das coisas materiais. No âmbito das realidades espirituais a luz identifica-se com a verdade. É pela verdade que alcançamos a realidade dos fatos e da vida, os quais são ocultados pela falsidade e pela mentira. Se a palavra do discípulo deve ser agradável ela também não deixará de ser uma luz que revela a vontade de Deus denunciando a falácia dos valores e das ofertas de um mercado globalizado a serviço do dinheiro e do lucro. A alegria e a verdade são manifestações do amor que une os discípulos em comunidades e que irradiam transformando o mundo. Na humildade e na confiança em Deus (primeira leitura), os discípulos são chamados a serem a luz que ilumina os caminhos e revela a verdade de Jesus. Ser o sal da terra e a luz do mundo é comprometer-se com o Reino dos Céus encarnado na história, no dia a dia. É partilhar com quem tem fome, acolher os pobres, vestir os nus. É praticar a justiça e a paz que demovem os poderosos injustos e violentos. "Assim, qual novo amanhecer,... tua luz brilhará nas trevas".
Após participarmos da Mesa da Palavra, fomos introduzidos na Liturgia Eucaristica onde o próprio Jesus se faz nosso alimento, comida e bebida: pão e vinho.
As Missas no Santuário acontecem sempre no primeiro e terceiro domingo de cada mês. Mas de modo excepcional, neste mês de fevereiro não teremos a Missa no terceiro domingo, devido as férias do Pe. Carlos Eduardo. Voltando a normalidade no mês de março.
Após a Missa o Pe. Carlos se dirigiu a Capela dos Milagres para pagar promessas feitas por fiéis a Nossa Senhora das Graças, pela sua recuperação. Foram deixadas na Capela uma perna de pau e um boneco, sinais da graça e do amor de Deus em nossas vidas. Todos os que acorrem ao Santuário das Graças e veem esses sinais deixados na Capela dos Milagres, lembrem-se que Deus tem muito mais graças para derramar sobre nossas vidas.
Ao descer o Santuário o Pe. Carlos passou no trecho onde estão sendo colocados os materiais: areia e pedras para que a obra da estrada possa dar prosseguimento. A parceria entre a Paróquia e Prefeitura continua e as doações podem ser feitas no Banco do Brasil: Agência 2066-4; Conta Corrente 5191-8. Ajude-nos! Essa obra é sua.
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