Um bebê recém-nascido foi enterrado vivo, no município de Esperança (PB). Um menino, com apenas dois dias de vida, passou mais de 12 horas abandonado debaixo de uma árvore, após ser agredido e ter o corpo coberto com pedras, no distrito de São Miguel. A criança teve a boca coberta com mato e terra para que os moradores da região não ouvissem seu choro. A acusada de cometer o crime é a própria mãe, a agricultora Jussara Alves dos Santos, 19, que foi presa em flagrante, ontem, depois de confessar que cometeu o crime porque o namorado a pressionou e desconfiava que o filho não era dele.
A acusada contou que deu a luz o menino, às 14h40 da última segunda-feira, quando estava em casa, mas o namorado a obrigou a abandonar o recém-nascido. Jussara disse que seguiu a pé até o Sítio Velho, onde abandonou o filho debaixo de um cajueiro, por volta das 20h00. Para evitar que o bebê chamasse a atenção dos moradores, ela colocou terra e mato na boca da criança, que também apresentava ferimentos na cabeça devido às pedras. Na delegacia, a mãe negou que cavou uma cova, mas admitiu as cenas de violência contra o bebê. “Eu amamentei ele e depois deixei ele lá. Eu não tinha a intenção de matar ele”, confessou.
O bebê só foi encontrado pelos moradores por volta das 08h40 de ontem, quando a agricultora Josefa Andréa Batista, 47, dona do sítio onde a criança foi abandonada, saiu de casa para colher frutas. “Eu ouvi um choro abafado, parecia um gato. Quando fui me aproximando, quase não achava o menino, de tanta pedra que tinha em cima dele. Todo mundo ficou com medo aqui, porque ele tava muito ensanguentado e ainda com o cordão umbilical”, contou.
Os moradores pediram socorro ao posto da Polícia Rodoviária Federal de São Miguel, próximo ao local. Um agente esteve no sítio para recolher a criança e encaminhá-la ao hospital. O bebê recebeu os primeiros socorros no Hospital Municipal de Esperança e, de lá, foi levado para o Hospital Regional de Campina Grande. Após receber alta, a criança será encaminhada para algum parente, de acordo com determinações do juiz que acompanhará o caso. À tarde, o bebê foi transferido para o Hospital da Clipsi, onde fez exames. Às 18h00, o hospital informou que o estado dele era estável e que não corria de morte.
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