A tradição das três negações de Pedro, por ocasião da prisão de Jesus, transformou-o em exemplo daquele que tem seus momentos de fragilidade na fé. João também comete alguns deslizes. À sua atitude excludente, nesta passagem do evangelho, junta-se a sua aspiração aos privilégios quando espera ocupar posição de destaque ao lado de Jesus no caso dele conquistar o poder. É uma visão que nega o projeto de Jesus.Havia grupos de discípulos de Jesus, que agiam em seu nome (expulsavam demônios), diferenciados dos doze que circundavam Jesus. Poderiam ser discípulos originários da gentilidade. Os Doze, aqui representados por João, ainda estão apegados à esperança messiânica da tradição do judaísmo e rejeitam aqueles que "não andavam" com eles. Para Jesus, o caminho não é "proibir" mas valorizar todos os gestos e práticas libertadoras e promotoras da vida, mesmo fora da comunidade missionária. Há quem julgue que o missionário é aquele que tem a salvação e vai leva-la aos pecadores. É perito na doutrina e vai ensinar os que a ignoram. Recebe um poder com o qual vai dar eficiência à missão.Cabe à missão, a exemplo de Jesus, reconhecer e solidalizar-se com as manifestações de vida, de busca da liberdade e da justiça, onde quer que floresçam. Em qualquer povo, em qualquer cultura, em qualquer tempo.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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