terça-feira, 21 de junho de 2011

CONGRESSO SOBRE ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA

De 6 a 8 de fevereiro de 2012, a Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma realizará um evento sem precedentes, no qual 200 relatores tratarão dos casos de abusos sexuais por parte de clérigos, com o tema “Rumo à cura e à renovação”.

“A questão dos abusos de menores por parte de clérigos teve um importante impacto nas comunidades do mundo inteiro”, explicou o Pe. Francois Xavier Dumortier SJ, reitor da universidade, ao apresentar este encontro internacional no dia 18 de junho.

Os 200 relatores, de diferentes continentes, analisarão os aspectos pastorais, jurídicos e psicológicos dos abusos, no âmbito desse processo no qual Bento XVI comprometeu a Igreja e que, para maio de 2012, levará todas as conferências episcopais a redigirem linhas de ação contra a pedofilia.

“O desejo consiste em dar voz àqueles que se conheceram no próprio país por certa liderança criativa”, esclarece o Pe. Hans Zollner, vice-reitor acadêmico da Gregoriana, presidente do comitê de planejamento do simpósio.

Entre os acadêmicos e especialistas que participarão da iniciativa, destaca-se o cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a instituição vaticana que julga estes casos; a baronesa Sheila Hollins, professora de Psiquiatria na Universidade São Jorge, de Londres, e membro independente da Câmara dos Lordes, quem acompanhou o cardeal Cormack Murphy O’Connor na visita apostólica ordenada pelo Papa à Igreja na Irlanda.

Outros dos participantes serão Dom Steve Rosetti, professor de Estudos Pastorais em Washington, que no Saint Luke Institute criou um programa de tratamento residencial para o clero e os religiosos dos Estados Unidos, assim como o Pe. Edênio Valle, criador de uma experiência similar em São Paulo (Brasil).

O título do encontro, “Rumo à cura e à renovação”, recorda a carta que Bento XVI enviou aos católicos irlandeses em março de 2010, na qual denuncia os abusos contra os pequenos - definindo-os como “atos pecaminosos e criminais” -, critica a fraca resposta da Igreja e invoca um caminho de “cura, renovação e reparação”.

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