Bento XVI fez um resumo de sua Visita Pastoral à Croácia na Catequese desta quarta-feira, 8. O Pontífice fez uma pausa na "Escola de Oração" para falar sobre os principais momentos de sua estadia naquele país europeu durante o último final de semana.
"É essa a alegria da fé: descobrir que Deus nos ama por primeiro! É uma descoberta que nos mantêm sempre discípulos, e, portanto, sempre jovens no espírito!", exclamou, ao recordar a Vigília com os jovens, acontecida no sábado, na Praça de Jelačić, coração da cidade de Zagreb.
O motivo principal da visita foi participar da 1ª Jornada Nacional das Famílias Católicas croatas. Nessa perspectiva, o Papa indicou que as nações europeias de sólida tradição cristã têm uma especial responsabilidade continental em defender e promover o valor da família fundada no matrimônio.
"Em nossos dias, enquanto infelizmente se constata o multiplicar-se das separações e dos divórcios, a fidelidade dos cônjuges tornou-se por si mesma um testemunho significativo do amor de Cristo, que permite viver o Matrimônio por aquilo que é, isto é, a união de um homem e de uma mulher que, com a graça de Cristo, amam-se e ajudam-se por toda a vida, na alegria e na dor, na saúde e na doença", ressaltou.
O Bispo de Roma também disse que a primeira educação à fé consiste exatamente no testemunho dessa fidelidade ao pacto conjugal. "A fé em Deus que é Amor transmite-se antes de tudo com o testemunho de uma fidelidade ao amor conjugal, que se traduz naturalmente em amor pelos filhos, fruto dessa união. Mas essa fidelidade não é possível sem a graça de Deus, sem o sustento da fé e do Espírito Santo", advertiu.
Novo humanismo
O Santo Padre ressaltou que a profunda vocação da Europa é aquela de custodiar e renovar um humanismo que tem raízes cristãs e que se pode definir "católico", isto é, universal e integral.
"Um humanismo que coloca ao centro a consciência do homem, a sua abertura ao transcendente e, ao mesmo tempo, a sua realidade histórica, capaz de inspirar projetos político diversificados mas convergentes na construção de uma democracia substancial, fundada sobre valores éticos enraizados na própria natureza humana".
Ele também salientou a urgência do desafio que interpela hoje os povos do continente europeu: "Não ter medo de Deus, do Deus de Jesus Cristo, que é Amor e Verdade, e não tolhe em nada e liberdade, mas lha restitui a si mesma e lhe dá o horizonte de uma esperança confiável".
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 5h30 no horário de Brasília). O Papa fez uma pausa na "Escola de Oração", iniciada na Catequese de 4 de maio. Ao final da Audiência, Bento XVI encontrou-se com o diretor-executivo da Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (Unodoc), Yury Fedotov.
O Pontífice recordou que neste próximo domingo a Igreja celebra a Solenidade de Pentecostes.
"Exorto-vos, queridos jovens, a invocar frequentemente o Espírito Santo, para que vos torne intrépidas testemunhas de Cristo. O Espírito Consolador ajude-vos, queridos doentes, a acolher com fé o mistério da dor e a oferecê-lo pela salvação de todos os homens; e sustente a vós, queridos recém-casados, no construir a vossa família sobre o sólido fundamento do Evangelho".
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial a quantos vieram de Portugal e do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades. Ide em paz!".
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