sábado, 4 de junho de 2011

PAPA RECEBERÁ 1400 CIGANOS DE TODA EUROPA EM AUDIÊNCIA

No próximo sábado, 11, o Papa Bento XVI receberá cerca de 1400 ciganos europeus, no Vaticano, divulgou em nota, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.

O encontro acontece em meio à peregrinação dos ciganos do Continente Europeu a Roma, para recordar o aniversário de 75 anos de martírio e os 150 anos do nascimento do beato Ceferino Gimenez Malla, que viveu de 1861 a 1936 e foi cigano de origem espanhola. Na capital italiana irão encontrar-se grupos ROM, Sinti, Manuches, Kale, Yenish e Travellers.

O Presidente desse Pontifício Conselho, Arcebispo Antonio Maria Vegliò, irá apresentar ao Papa os representantes desses grupos, dos quais ressalta “o seu crescente empenho pela Igreja, onde podem encontrar força espiritual e ajuda para seguirem suas vidas, muitas vezes marcadas pela marginalização e pela desconfiança”. Ao longo da audiência será destacada a realidade de vida dessas pessoas a partir de quatro breves testemunhos, entre os quais o de Ceija Stojka, cigana católica sobrevivente dos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau e Bergen-Belsen.

Um livro, aliás, reúne essas difíceis recordações do período de dominação nazista. A esse respeito, a nota explica que “no passado, as comunidades ciganas também foram recebidas pelos Pontífices da época, a exemplo de Paulo VI e João Paulo II”.

O programa da peregrinação prevê ainda muitas outras atividades em Igrejas e Santuários de Roma.

Os ciganos são compostos por diversas etnias, e estima-se que sejam 36 milhões de pessoas dispersas pelo mundo. A maior parte deles vive na Índia, considerada sua terra de origem, onde são 18 milhões. Na Europa, calcula-se que vivam de 12 a 15 milhões de ciganos, com uma alta concentração no leste do continente. Nos Estados Unidos moram cerca de um milhão e no Brasil 900 mil.

A organização da peregrinação do próximo final de semana foi feita pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, em colaboração com a fundação “Migrantes” da Conferência Episcopal Italiana, a Diocese de Roma e a Comunidade Santo Egídio.

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