Nesta quinta-feira, 27, o mundo recorda um dos momentos mais trágicos do século XX: o holocausto de milhares de judeus nos campos de concentração nazista. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituido pelas Nações Unidas em 2005.
“O drama singular e perturbador do holocausto representa, de qualquer modo, o ponto no caminho do ódio que nasce quando um homem esquece seu Criador e coloca si mesmo ao centro do universo”, salientou o Papa Bento XVI durante sua visita ao Campo de Concentração de Auschwitz, em 28 de maio de 2006.
Não é possível esquecer o holocausto de milhões de vítimas inocentes, por isso o Santo Padre ressaltou que a Igreja não deixou de lamentar o erro de seus filhos e filhas, pedindo perdão por tudo aquilo que favoreceu, de algum modo, as feridas do anti-semitismo e do anti-judaísmo.
Ao homenagear todos os “judeus romanos arrancados” de suas famílias e casas, e com “enorme brutalidade foram mortos”, o Pontífice disse que “infelizmente, muitos permaneceram indiferentes, mas muitos, também entre os católicos italianos, sustentaram sua fé e os ensinamentos cristãos, reagindo com coragem, abrindo os braços para socorrer os judeus perseguidos e fugitivos, arriscando muitas vezes a própria vida”.
Em “clima de grande respeito e de diálogo” e em sinal de empenho comum ao valorizar a fé em Deus, Bento XVI visitou a Sinagoga de Roma, em 17 de janeiro do ano passado. Uma visita inserida no novo caminho aberto pelo Concílio Vaticano II e pela decisiva contribuição dos bons relacionamentos consolidados entre as duas comunidades a partir do Papa João Paulo II.
O ano passado, o Papa Bento XVI percorreu novamente os passos de seu predecessor, abraçando o rabino emérito de Roma, Elio Toaff, encontrado pouco antes da entrada da Sinagoga.
As impressões de Bento XVI foram as mesmas em suas visitas aos templos judeus da Colômbia, em 19 de agosto de 2005, e de Park East, em Nova York, no dia 18 de abril de 2008.
Na visita ao Campo de Concentração de Auschwitz , Bento XVI exortou a continuidade do diálogo entre católicos e judeus. “Nesta direção podemos caminhar juntos, reconhecendo as diferenças que existem entre nós, mas também se unirmos nossos corações e nossas mãos para responder o chamado do Senhor, a sua luz se fará mais perto para iluminar os povos da terra”, enfatizou.
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