A lista dos "doze" apóstolos parece ter surgido como tradição das primeiras comunidades de judeus convertidos, e que os evangelistas sinóticos incorporaram em seus evangelhos. O número "doze" sugere uma continuidade do novo movimento cristão com as doze tribos de Israel. Jesus é apresentado como um novo Moisés, constituindo um povo novo sobre a terra, sob a égide dos Doze escolhidos. Moisés na montanha (Sinai) recebera a Lei e do alto da montanha (monte Nebo) vislumbra a terra na qual serão instaladas as doze tribos. Alguns dos nomes citados só aparecem nesta lista. Ao longo dos evangelhos sinóticos só serão mencionados os nomes de Pedro, André, Tiago, João, Mateus (só em Mateus) e Judas Iscariotes, e no evangelho de João só serão mencionados Pedro, André, Filipe, Natanael (Bartolomeu?), Tomé, Judas (Tadeu?) e Judas Iscariotes. O evangelho de João não apresenta a lista dos doze e usa sempre o termo "discípulos", nunca se referindo a "apóstolos", o que sugere uma visão diferenciada do movimento de Jesus, mais como uma novidade surgida a partir da Galiléia do que uma continuidade com o judaísmo que surge na esteira do antigo Israel.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
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