Foi relançada neste domingo, 30, em Aparecida (SP), a Campanha Nacional “Hanseníase tem cura”, que conta com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O relançamento aconteceu após uma missa, presidida pelo secretário Geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, no Santuário Nacional de Aparecida.
“A Hanseníase tem cura e se é diagnosticada e tratada precocemente, a pessoa não precisa ser afastada de suas atividades e de seu convívio social”, disse dom Dimas durante a missa, alertando sobre a importância das pessoas conhecerem a doença.
A Campanha é uma iniciativa do Ministério da Saúde e foi lançada no ano passado com a parceria da CNBB. O novo ministro da saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Aparecida ontem, data em que se lembra o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Nessa semana comemoramos o fato de que no Brasil, reduzimos em 27% os casos de Hanseníase, entre 2003 e 2009. Mas ainda temos muito a fazer”, disse o ministro Padilha. Os casos novos passaram de 51.941 casos para 37.610, respectivamente. No mesmo período, o número de serviços com pacientes em tratamento de hanseníase aumentou em 45,9%.
O ministro pediu à Igreja que se una no combate ao preconceito contra os hansenianos e na divulgação das informações sobre a doença. “Queria convidar a todos para que se junte a nós para tratar essas pessoas sem preconceito. Acolhê-las como filhos de Deus e estender a mão a elas quando necessitarem”, disse o ministro.
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
A Hanseníase, também conhecida como Lepra, é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele, provocando danos severos à saúde do portador. Em 2008, foram detectados quase 40 mil casos da doença, dos quais 2.913 eram crianças e adolescentes menores de 15 anos. A maior incidência concentra-se nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Maranhão e Piauí.
Maria Aparecida, que é médica especializada em dermatologia, explicou também como diagnosticar a doença. “A hanseníase é detectada na pele das pessoas geralmente através de manchas. No local da mancha a pessoa não sente diferença entre o quente e o frio, a ponta e a cabeça do alfinete; não sente o tato. Esses casos devem procurar o serviço de saúde para que se tenha possibilidade do tratamento precoce”, explicou a coordenadora.
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