Nesta parábola temos a oposição radical entre dois orantes e dois tipos de oração: a oração arrogante e auto-suficiente do fariseu e a oração confiante e humilde do publicano. A oração do fariseu é a praticada pelos chefes religiosos do Templo e das sinagogas. Aparentemente é uma oração de agradecimento a Deus. Contudo, por seu conteúdo, adquire outro sentido. O fariseu "agradece" por ser um justo, observante, diferenciado e separado dos "pecadores", como o publicano que ali estava presente. É uma oração de auto-suficiência e de desprezo aos outros, que, em nome de Deus, fundamenta uma posição de privilégios e poder. O outro orante, o publicano, tem a atitude de um pobre que confia totalmente em Deus. Ele, humilhado e excluído pelo sistema religioso que o considera um pecador, é consciente de sua pequenez e de sua dependência de Deus. Na medida em que o "justo" rompe a comunhão com o próximo, ele rompe a comunhão com Deus.
sábado, 2 de abril de 2011
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