Na liturgia, hoje, são lidos os capítulos 18 e 19 de João, com a narrativa completa da Paixão e morte de Jesus. Esta narrativa, que é encontrada também nos evangelhos sinóticos, parece ser a mais antiga das tradições sobre Jesus. Ela corresponde ao destaque dado pelas primitivas comunidades cristãs judáicas ao culto ao sofrimento que tem suas raízes na teologia sacrifical templária do Primeiro Testamento. A paixão de Jesus, com sua morte na cruz, não é um fim, nem um meio. Não é o fim de tudo, nem o meio de alcançar a glória. É a revelação da violência presente no mundo. É a plena evidência da terrível dimensão desta violência, pela bondade, mansidão e ternura de sua vítima, Jesus de Nazaré, o filho de Deus, "que tinha tanto amor". E, mais ainda, a evidência de como os poderosos deste mundo são os maiores agentes e responsáveis pela violência e pela morte.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
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