Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò |
"A Igreja reconhece o valor social, cultural e pedagógico dos circos, que faz desses extraordinários lugares de agregação, onde os circenses podem desempenhar uma ação educativa peculiar da sua arte, sobretudo no diálogo com os mais pequenos. O circo, da mesma forma, favorece a socialização, ajuda a desenvolver a criatividade e a fantasia", indica o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes em uma mensagem por ocasião da Segunda Jornada Mundial do Circo, celebrada neste sábado, 16. O texto é assinado pelo presidente do Conselho, Cardeal Antonio Maria Vegliò, e pelo subsecretário, padre Gabriele Bentoglio.
O cuidado pastoral dos circenses faz parte das competências desse dicastério vaticano, que ressalta a grande contribuição do circo como parte vital da cultura humana. A Jornada nasceu a partir do desejo da Fédération Mondiale du Cirque, sob o patrocínio da Princesa Stéphanie de Monaco.
"A Igreja, como Ela pôde manifestar no recente Congresso Mundial da Pastoral para os Circenses (dezembro de 2010), segue com materna solicitude o mundo do circo, que oferece espaços privilegiados para romper a solidão e superar o anonimato, para apreciar a beleza das atuações e exibições, das números atléticos e artísticos, e para despertar uma esperança que é portadora de paz interior ainda que em meio a sofrimentos, ânsias e frustrações da vida", diz Vegliò.
O dever dos Estados e governos de tutelar os direitos dos circenses, a fim de que possam se sentir parte integrante da sociedade, é lembrado na mensagem. Da mesma forma, pede-se que seja reconhecido o valor sócio-cultural do espetáculo circense, evitando toda forma de marginalização e favorecendo a profissionalização dos jovens artistas do circo.
Por fim, o Pontifício Conselho pede que os proprietários dos circos garantam adequado tratamento aos animais, nas atrações em que se conta com a colaboração desses, uma mostra de que o homem pode estabelecer relações de "entendimento e fascinante beleza com os animais".
Papa João Paulo II
Ao receber os participantes de um Encontro Internacional da Pastoral para os Circenses e os Feirantes, em 16 de dezembro de 1993, João Paulo II afirmou: "Gostaria de expressar a minha estima e a minha simpatia a todos aqueles que instalam as suas 'profissões' na cidade e nos vilarejos, abrindo aos seus anfitriões um espaço de festa e de amizade. Fazer nascer o sorriso de um menino e iluminar por um instante o olhar desesperado de uma só pessoa e, através do espetáculo e da festa, tornar os homens mais próximos uns dos outros, é a grandeza dessa profissão".
Nas saudações ao final da Catequese de 10 de janeiro de janeiro de 1996, disse: "Encorajo a manter viva a tradição circense, portadora de um são divertimento, apreciado pelas diversas gerações. Espero que vivam em serena harmonia como uma grande família e cultivem sempre a dimensão espiritual da vida".
Assista à atuação do palhaço Japo com Carlos Torrijos para João Paulo II, em Roma, no ano de 1990, em uma audiência com estudantes de todo o mundo no Domingo da Ressurreição. O Papa revela toda a sua alegria e bom humor.
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