O papa Bento 16 completa neste sábado 84 anos, com mais atenção na beatificação no próximo dia 1º de maio de seu antecessor, João Paulo 2º, e preocupado com a situação na Costa do Marfim e na Líbia, onde exigiu que se cessem os conflitos.
Também está preocupado com a situação dos católicos na China, onde são perseguidos e na igreja controlada pelo Governo comunista de Pequim, que continua ordenando bispos sem sua permissão, embora auspicie um diálogo "sincero e respeitoso" com as autoridades chinesas, "para superar as dificuldades e contribuir para a harmonia social", segundo disse o porta-voz vaticano, Federico Lombardi.
Bento 16 transcorrerá seu aniversário no Vaticano, como um dia mais, trabalhando e recebendo, entre outras, a nova embaixadora da Espanha na Santa Sé, María Jesús Figa, que lhe apresentará as cartas credenciais.
O Pontífice mantém seu ritmo de trabalho e oficiará todos os ritos da Semana Santa, como a Procissão de Ramos, no domingo, e a Missa Crismal na quinta-feira. Há dias estão chegando ao Vaticano centenas de mensagens de felicitação pela data.
Bento 16 mantém seu ritmo de viagens pelo mundo. Este ano viajará em junho à Croácia e em agosto pela terceira vez à Espanha, para presidir em Madri a Jornada Mundial da Juventude.
Em setembro voltará pela terceira vez a sua Alemanha natal, nesta ocasião a Berlim, Erfurt (na ex-Alemanha do Leste) e Freiburg, e em novembro ao Benin, na sua segunda viagem à África. Joseph Aloysius Ratzinger, nome de pia de Bento 16 nasceu em Marktl am Inn (Baviera, Alemanha), no dia 16 de abril de 1927.
Ordenado sacerdote em 29 de junho de 1951, foi professor de teologia nas universidades de Bonn (1959-1963), Munster (1963-1966) e Tübingen (1966-1969) e de Dogmática e História do Dogma na de Regensburg, onde, de 1969 a 1977, foi vice-reitor.
No dia 24 de março de 1977 foi nomeado por Paulo VI arcebispo de Munique e em 27 de junho desse mesmo ano cardeal. No final de 1981 foi nomeado por João Paulo II prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a encarregada de manter a ortodoxia da fé católica, cargo que manteve até a morte do Sumo Pontífice em 2005.
Decano do colégio cardinalício, coube a ele celebrar o funeral de João Paulo 2º e a missa "pro eligendo pontifice" prévia ao conclave para escolher o sucessor do papa polonês. Em 19 de abril de 2005 foi eleito sucessor de Pedro no segundo dia de Conclave e quarto de apuração.
Bento XVI se apresentou perante os católicos como um "humilde trabalhador da vinha do Senhor", marcando como objetivos de seu Pontificado prosseguir o trabalho traçado no Concílio Vaticano II, promover a unidade dos cristãos e trabalhar pela paz no mundo.
Folha de São Paulo
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