Bintù, uma mulher muçulmana da Costa do Marfim, país em guerra, conta ao Papa que cristãos e muçulmanos sempre viveram em harmonia em seu país, mas o cenário político atual semeia divisões e discórdias. "Jesus é um homem de paz. O senhor, enquanto embaixador de Jesus, o que aconselharia para o nosso país?"
O Bispo de Roma disse ter recebido muitas cartas que mostram o sofrimento do povo da Costa do Marfim e que fica triste por poder fazer tão pouco. "No entanto, podemos fazer uma coisa, sempre: estar em oração convosco e, enquanto são possíveis, obras de caridade e sobretudo ajudar, segundo as nossas possibilidades, os contatos políticos, humanos". O Papa recordou que para Bintù, muçulmana, Jesus é um profeta e sempre homem da paz: se poderia esperar que quando Deus viesse à terra fosse um homem de grande força para destruir as forças adversas. No entanto, ele vem "fraco", somente com a força do amor, totalmente sem violência até se entregar na cruz
"Isso mostra o verdadeiro rosto de Deus, que a violência nunca vem de Deus, nunca ajuda a produzir coisas boas, mas é um meio destrutivo e não é o caminho para sair das dificuldades. Portanto, Deus é uma forte voz contra todo tipo de violência. E esta, cara Senhora, é a verdadeira mensagem de Jesus: buscai a paz com os meios da paz e deixai a violência", salientou.
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