A missa que dom Matias Patrício de Macedo, celebra a partir das 18 horas de hoje, na Catedral Metropolitana em louvor do seu aniversário de 75 anos, é quase uma despedida do seu comando à frente da Arquidiocese de Natal. A partir dessa idade todo membro da Igreja Católica tem de apresentar a uma autoridade imediata do Clero, que no caso dele é o papa Bento XVI, uma carta-renúncia ao cargo que ocupa.
Para comemorar os 75 anos de dom Matias Patrício Macedo, pelo menos nove bispos do Regional Nordeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já confirmaram co-participação na missa: o arcebispo dom Antonio Muniz, arcebispo de Maceió (AL), da Paraíba vêm os bispos dom Jaime Vieira Rocha, de Campina Grande (PB) e dom José Gonzales, bispo de Cajazeiras (PB); Pernambuco virão o arcebispo de Recife, dom Fernando Saburito e os bispos de Palmares, dom Genival Saraiva; de Caruaru, dom Bernardino Machio, de Garanhuns, dom Fernando Guimarães, além dos bispos de dom Mariano Manzana e dom Manoel Delson, de Mossoró e Caicó, no Rio Grande do Norte.
Depois da celebração da missa na Catedral, que é situada na avenida Deodoro, centro, o clero e outros convidados participam de um jantar em homenagem a dom Matias Patrício no Seminário São Pedro, localizado na rua Campos Sales, Tirol.
Dom Matias Patrício disse ontem à tarde, à TRIBUNA DO NORTE, que ainda não redigiu a sua carta-renúncia a ser encaminhada ao papa Bento XVI, mas disse que é uma tarefa que deverá ser feita a partir de amanhã.
PROCESSO
O Arcebispo Metropolitano de Natal informou que depois de encaminhada o pedido de renúncia ao cargo, previsto aos 75 anos no Direito Canônico, o Papa vai dizer se aceita uma resposta que é normalmente sim. Depois, explicou ele, inicia-se um processo de consultas, “que decorre em segredo”, no qual o próprio Arcebispo e o clero do Rio Grande do Norte são ouvidos.
Dom Matias Patrício disse que esse processo pode ser rápido ou demorado, lembrando o caso do arcebispo dom Heitor de Araújo Sales, que mesmo depois de encaminhar carta-renúncia ao Vaticano, ainda ficou dois anos no exercício do governo da Arquidiocese Metropolitana. Outro caso citado por ele, foi o do norteriograndense dom Eugênio de Araújo Sales, que mesmo depois de ter completado 75 anos, permaneceu cinco anos à frente da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Mesmo que deixe, nos próximos dias, a Arquidiocese Metropolitana, dom Matias Patrício disse que não ficar parado, continuará celebrando suas missas “e ajudando as paróquias que quiserem no interior”.
“Não vou ficar em berço esplêndido”, chegou a dizer dom Matias Patrício, que espera a presença do povo e dos fiéis na missa de hoje à noite, na Catedral Metropolitana de Natal.
Tribuna do Norte
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