Neste texto, o evangelista João faz uma prefiguração da morte e ressurreição de Jesus. Na primeira parte temos o diálogo de Jesus com os discípulos, a partir da notícia da doença de Lázaro. Criando um estranho suspense, Jesus não reage de imediato a esta noticia, minimizando-a com a simples afirmação simbólica de que Lázaro dorme. Neste diálogo destaca-se a ameaça de morte que paira sobre o próprio Jesus a partir dos judeus. Na segunda parte, Jesus chegando em Betânia, temos o edificante diálogo de Jesus com Marta, encerrando-se com a ressurreição de Lázaro. Em seu texto, o evangelista João com seu gênio literário apresenta uma detalhada e expressiva análise da ressurreição comunicada por Jesus. Aquele que Jesus ama, não está morto mas é resgatado para a vida. Na teologia paulina (segunda leitura), pelo ato de fé, no batismo, morremos com Cristo para viver como ressuscitados em Cristo. Na perspectiva do batismo de João, assumido por Jesus, pela conversão, na prática da justiça, da fraternidade e do amor, já vivemos como ressuscitados. As categorias escatológicas do morrer e ressuscitar (primeira leitura) deixam de ser uma realidade do último dia. Passam a ser uma realidade atual. Jesus é, na história, a ressurreição e a vida. Quem crê nele viverá, não morrerá jamais.
domingo, 10 de abril de 2011
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